Antigo Museu Botânico do Amazonas, atual Instituto Benjamim Constant completa 125 anos.



O Atual prédio histórico do Instituto Benjamim Constant, na Rua Ramos Ferreira, no Centro Histórico de Manaus, foi tombado pelo Conselho Estadual de Defesa do Patrimônio Histórico e Artístico do Amazonas em 1988.

Sua edificação no início abrigou a mansão do barão São Leonardo, era apenas uma ala, possivelmente a ala da esquerda (em fotos antigas pode ser vistacom mais clareza). Não há uma data específica sobre a construção desta edificação inicial, mas sua ampliação aconteceu em 1894, quando o então governado Eduardo Ribeiro comunica que a parte leste (em destaque na foto) estava quase concluída.

Antes da ampliação do Instituto Benjamim Constant, o prédio abrigou o acervo do Museu Botânico, no qual Barbosa Rodrigues havia montado por volta de 1883, quando retornou ao Amazonas para implantar o museu, inicialmente em um prédio na antiga Ilha Caxangá (área da Manaus Moderna), com mais de três mil espécies da flora da região, peças arqueológicas e vidrarias.



O antigo museu foi muito discriminado na época, no qual Barbosa Rodrigues administrava com muito orgulho, mas por volta de 1888, ele recebe um comunicado para desativar o prédio (Instituto Benjamim Constant) em 24 horas, para que seja instalado um orfanato no mesmo local. Muitos dos materiais e espécies da botânica foram destruídos, mas em 1889, o Liceu Amazonense (Colégio Dom Pedro II) recebe o que restou do acervo do Museu Botânico, mas em 1890 Barbosa Rodrigue é mandado embora e volta para o Rio de Janeiro, onde assume a administração do Jardim Botânico.

O Museu Botânico do Amazonas foi uma iniciativa da Princesa Isabel, mas funcionou como uma ventania passageira pela cidade de Manaus, não durou muito tempo e vivia ameaçado até que foi totalmente extinto. O que restou do antigo museu pode ser visto na biblioteca da Escola Estadual Dom Pedro II e na biblioteca do INPA.

A reforma no prédio do Instituto Benjamim Constant, promovida por Eduardo Ribeiro, trouxe a imponência do ecletismo, com um prédio grandioso dividido em três alas, ou corpos, a esquerda (prédio original), o corpo central com a escadaria em mármore e frontal frontão alto triangular interrompido, e o corpo da direita réplica do prédio original. Os dois pavimentos são muito bem divididos, no embasamento, com porão alto e habitado, constitui-se como áreas administrativas e salas de aulas, na planta, é possível ver um pátio central, antes era um belíssimo jardim que fazia conexão com outros ambientes, hoje é um pátio em concreto. O pavimento superior se destaca pelo ornamentos e vários balcões que compões uma fachada eclética.


O Instituto Benjamim Constant foi criado em 1892, quando o então asilo foi desativado do local, o então governador Eduardo Ribeiro queria que o prédio tivesse a finalidade de ensino, no qual funciona até os dias de hoje.

A memória do antigo Museu Botânico precisa ser reativada, incluindo a recriação de um espaço destinado exclusivamente para as coleções, publicações e exemplares sobre a botânica da região Amazônica, principalmente as pesquisas e referências feitas por Barbosa Rodrigues. A memória de Barbosa Rodrigues não pode ser guardada apenas em bibliotecas, precisa ser reativada e ampliada para a sociedade possa prestigiar e conhecer a relevância sobre os estudos da botânica e a preservação da flora amazônica.

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